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Resposta do setor algodoeiro brasileiro ao artigo da Deutsche Welle

Por Bolsa Brasileira de Mercadorias BBM

O setor algodoeiro brasileiro, representado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e pela Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), manifesta sua profunda preocupação com o conteúdo da entrevista publicada pelo portal Deutsche Welle, em 15 de maio de 2025, que sugere, de modo equivocado e irresponsável, que o algodão sustentável brasileiro representa um caso de greenwashing. Essa narrativa, aliada à reportagem do dia 13 de maio publicada pelo mesmo veículo, faz uma relação simplificada entre o aumento de exportação da pluma e o uso de defensivos agrícolas, ignorando completamente dados técnicos, certificações internacionais e o protagonismo global do Brasil na cotonicultura responsável.

 

Por que a produção brasileira de algodão é sustentável de verdade e não greenwashing:

 

1) A entrevista sugere que o Brasil é o maior consumidor global de produtos fitossanitários e que isso significaria que o algodão nacional não é sustentável. Trata-se de uma afirmação descuidada e incorreta do ponto de vista técnico. Todos os insumos utilizados no País são submetidos a rigorosos processos de avaliação e aprovação por órgãos como o Ministério do Meio Ambiente, a ANVISA e o Ministério da Agricultura. Além disso, sua aplicação segue normas técnicas e protocolos de segurança no trabalho. É importante destacar o avanço no uso de defensivos biológicos, bem como de tecnologias de agricultura digital e de precisão, que permitem aplicações cada vez mais racionais e localizadas, apenas quando e onde são realmente necessárias.

 

2) As certificações adotadas no Brasil — ABR (Algodão Brasileiro Responsável), Better Cotton (principal entidade internacional de certificação da pluma, com sede na Suíça) e iniciativas de algodão regenerativo — são todas homologadas pelas principais entidades internacionais do setor têxtil. Dentre estas, destaque para a Textile Exchange, uma das principais autoridades globais na validação de práticas ambientais e sociais no setor. Essas certificações, reconhecidas como modelos preferenciais de algodão sustentável, são utilizadas por grandes marcas e varejistas internacionais em suas metas de sustentabilidade.

 

3) O Brasil é hoje o maior produtor mundial de algodão certificado, responsável por 38% do total, mesmo representando apenas 15% da produção global da pluma. Além disso, mais de 80% do algodão brasileiro é certificado pelo programa ABR, que tem equivalência reconhecida com o Better Cotton, e projetos de algodão regenerativo estão em expansão.

 

4) A sugestão de que somente o algodão orgânico pode ser considerado “sustentável” é totalmente irrealista e vai contra o consenso global sobre o que representa práticas agrícolas sustentáveis. O algodão orgânico representa apenas 2,3% da produção mundial, segundo dados da Textile Exchange. Embora importante em nichos específicos, o produto orgânico não é uma solução viável ou escalável para atender à demanda global, especialmente em países tropicais como o Brasil, onde a alta incidência de pragas exige o uso responsável de defensivos agrícolas.

 

5) O algodão é renovável, biodegradável e se aplica aos princípios da economia circular. Representa uma solução têxtil disponível em escala global para a moda sustentável.

 

Convidamos as fontes citadas na matéria, a Deutsche Welle e demais interessados a conhecerem de perto o trabalho realizado pelo setor algodoeiro no Brasil. Estamos abertos ao diálogo responsável, baseado em dados e comprometido com a verdade.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda