Os contratos futuros do açúcar operam em queda nesta terça-feira (08), em meio a diminuição das preocupações com os impactos da geada sobre os canaviais brasileiros. Em Nova York, o contrato outubro/25 é negociado a 16,24 cents de dólar por libra-peso, baixa de 0,25%, enquanto o março/26 é cotado a 16,97 cents, recuo de 0,24%. A geada que atingiu diversas lavouras brasileiras em junho chegou a levantar um alerta no mercado, especialmente diante do já debilitado estado das lavouras após a estiagem e queimadas registradas na safra passada. No entanto, com a atualização dos índices de produtividade e produção, os temores vêm sendo gradualmente descartados.
Outro fator que pressiona os preços internacionais é a chegada antecipada da temporada de monções na Índia, que reforça a expectativa de uma safra recorde no segundo maior produtor global de açúcar. De acordo com o Departamento Meteorológico da Índia, as chuvas de junho ficaram 9% acima da média histórica, e a previsão para julho também indica precipitações acima do normal, o que favorece o desenvolvimento dos canaviais e aumenta a projeção de oferta.
No mercado físico brasileiro, os preços médios do açúcar cristal seguem pressionados. Segundo dados do Cepea, as cotações vêm operando na casa dos R$ 116/saca de 50 kg neste início de julho. Mesmo com fundamentos baixistas, representantes de vendas das usinas demonstram maior firmeza nas ofertas, sinalizando preocupação com os custos de produção. Em junho, o Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa 130-180) acumulou queda expressiva de 12,71%.
Já o mercado de etanol hidratado registrou a menor liquidez da safra 2025/26 na primeira semana de julho. De acordo com o Cepea, o volume comercializado no estado de São Paulo caiu cerca de 40,4% em relação à semana anterior, o que equivale a uma redução de quase 20 milhões de litros. Compradores, já abastecidos, se afastaram do mercado spot, enquanto vendedores mantiveram os preços firmes diante de estoques reduzidos.
Em relação aos preços, a variação foi leve. Entre 30 de junho e 4 de julho, o etanol hidratado fechou em R$ 2,6055/litro, pequena queda de 0,17%. Já o etanol anidro teve ligeira alta de 0,11%, encerrando o período a R$ 2,9996/litro (valores líquidos de ICMS e PIS/Cofins).