“Seguimos sem qualquer tipo de posição ou pagamento aos produtores por parte da cooperativa”, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muzambinho, Cleber de Oliveira Marcon.
No dia 11 de fevereiro, produtores de café de quatro munícipios do Sul de Minas Gerais foram pegos de surpresa com o fechamento inesperado da Cooperativa Central de Muzambinho (Coocem). Na época, por meio de uma nota, a cooperativa anunciou o encerramento de suas atividades, deixando cerca de 380 cafeicultores das cidades de Muzambinho, Nova Resende, Monte Belo e Cabo Verde, sem qualquer orientação ou acesso as 15 mil sacas estocadas.
Em 24 de fevereiro, durante uma reunião com os produtores lesados realizada em Muzambinho, representantes da cooperativa explicaram que a forte valorização do café teria prejudicado ainda mais a crise financeira que a instituição enfreta desde 2016, mas que possuiam vários bens que estavam livres para negociação, e que seriam utilizados para o pagamento da dívida total com os cooperados, que contabilizava R$ 37,5 milhões. “Queremos pagar vocês, não é conversa, estou querendo pagar. Mas, temos que ter um acordo que seja bom para os dois lados. Não queria que a situação chegasse onde chegou. Não vou dar os câmbios, pois não tenho como”, explicou o empresário Creucio Carlos de Oliveira, dono da Coocem e do Armazém Central do Café, aos participantes durante a tratativa.
Porém, segundo Marcon (presidente do STR), tudo segue do mesmo jeito, sem qualquer avanço ou novidade sobre o caso, “estamos há 5 meses com os produtores aguardando os pagamentos sobre os prejuízos causados pela cooperativa”, explicou.
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