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Pesquisa-expedicionária da Scot Consultoria traça perfil da produção intensiva de corte no Brasil

Confina Brasil, pesquisa-expedicionária da Scot Consultoria, já percorreu sete estados brasileiros em sua sexta edição, iniciada há menos de dois meses. A primeira etapa (junho) contemplou 37 visitas técnicas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Tocantins.

Criada em 2020, a iniciativa mapeia e analisa dados da pecuária de corte intensiva no Brasil, conectando elos da cadeia produtiva e promovendo uma valiosa rede de relacionamento entre pecuaristas, técnicos e empresas líderes do setor.

Mais do que levantar números, o projeto busca compreender a realidade da pecuária nacional sob diferentes perspectivas, destacando histórias, desafios, estratégias, boas práticas e soluções técnicas adotadas em todas as regiões visitadas. Ao final de cada edição, um relatório técnico é publicado, trazendo um retrato fiel da atividade com base na diversidade de modelos de produção e perfis de produtores.

Em cada estado, a equipe identificou características regionais específicas, mas também pontos de convergência entre os confinamentos. Logística de insumos, condições climáticas, perfil de solo e acesso à tecnologia influenciam diretamente nas decisões produtivas e estratégias de gestão.

Destaques que marcaram o início dessa jornada:

São Paulo

As visitas em São Paulo revelaram confinamentos tecnificados e com perfis diversificados. As visitas da primeira semana da expedição abrangeram confinamentos de diferentes portes, desde estruturas para 500 cabeças até propriedades com capacidade estática para quase 30 mil animais.

A proximidade com a indústria sucroenergética favorece o uso de coprodutos da cana-de-açúcar, presentes em 85% dos confinamentos visitados, especialmente o bagaço de cana como fonte de fibra. A variedade de ingredientes nas dietas chama atenção: alguns confinamentos utilizam mais de 10 componentes, como resíduos de amendoim, milho, soja e laranja. Nesses casos, os coprodutos passam por uma análise bromatológica minuciosa para certificar de que o balanço nutricional será adequado e, dessa forma, viabilizar a inclusão desses insumos que podem auxiliar na redução do custo da dieta do confinamento.

Além da nutrição, os confinadores do estado também se destacaram quando o assunto é sustentabilidade, com 85% das propriedades praticando a coleta e aproveitamento dos dejetos, mostrando integração sustentável entre pecuária e agricultura. 

Além disso, São Paulo se destaca pela oferta de serviços de engorda terceirizada (boitel): mais da metade dos confinamentos visitados (7 de 13) adotam esse modelo. O sistema permite que pecuaristas parceiros aloquem seus animais em estruturas profissionais de engorda, pagando por arroba produzida ou tempo de permanência. Essa modalidade tem se consolidado como uma alternativa flexível e rentável, especialmente em regiões com alto custo de infraestrutura ou limitada escala produtiva.

Minas Gerais

Em Minas, destaque para o uso de coprodutos agroindustriais e estratégias de economia circular. Em Perdizes, por exemplo, a produção de batatas da Bem Brasil gera resíduos que são aproveitados na dieta do gado confinado na Fazenda Água Santa. Os dejetos, por sua vez, são tratados e utilizados no plantio, fechando o ciclo da propriedade.

A adoção à coprodutos da destilaria de milho e produção de grãos úmidos e reidratados também foram destaque na rota mineira, com adesão dessas estratégias nutricionais por 78% dos confinamentos visitados. A estratégia consiste basicamente em utilizar o milho colhido com umidade mais elevada (milho úmido) ou em hidratar o milho seco. Após esse processo, o material é ensilado e passa por fermentação, resultando em um alimento com boa estabilidade e elevado valor energético. A estratégia tem se difundido em detrimento do maior potencial de digestibilidade do amido, impactando diretamente na conversão alimentar dos bovinos e no nível de inclusão do grão na dieta.

Goiás

Na primeira etapa das visitas no Goiás, foram visitados confinamentos no entorno de Brasília e na região de Iaciara, no nodeste do estado. A diminuição da variabilidade das dietas foi notável, com uso médio de 4 a 6 ingredientes, baseados em insumos nobres como milho e farelo de soja, além de silagem de milho ou sorgo como fonte de fibra.

Goiás está entre os três maiores produtores nacionais de milho e soja, o que favorece o acesso e reduz custos logísticos. O milho esteve presente em 100% dos confinamentos visitados, seja na forma de grão, silagem, milho moído, gérmen ou coprodutos da destilaria. Dos confinamentos mapeados, 84% das propriedades utilizam ou já utilizaram coprodutos do etanol de milho, como DDG e WDG.

Outro destaque é o uso estratégico do confinamento para o sequestro ou resgate de animais jovens, prática observada em 100% dos confinamentos goianos mapeados. Essa estratégia permite acelerar o ganho de peso logo após o desmame ou na recria, auxiliando na manutenção dos ganhos durante períodos de baixa disponibilidade de forragem e reduzindo o tempo total de ciclo produtivo.

Bahia

A Bahia, segundo maior produtor de algodão do Brasil, incorpora com frequência coprodutos da cotonicultura, como caroço e capulho de algodão, nas dietas dos animais.

A logística interna eficiente é um diferencial, e a propriedade está investindo na expansão da operação com a instalação de quatro BatchBox, reservatório intermediário que integra um sistema de alimentação automatizada dos animais. Uma vez que os insumos são depositados na grande caixa, os insumos estão concentrados para serem inseridos dentro dos vagões distribuidores, aumentando assim a eficiência operacional – especialmente em confinamentos de grande porte em que a demanda é alta.

Outra prática que chamou atenção foi o plantio de mix de culturas (sorgo, milheto, girassol, capim), contribuindo para a nutrição e a recuperação do solo arenoso, prática observada em propriedade da região de Luís Eduardo Magalhães.

Tocantins

No Tocantins, as áreas visitadas pelo Confina Brasil, no sul do estado, configuram um clima seco e com altas temperaturas, que representam um desafio à produtividade. Os confinamentos visitados buscam adotar estratégias para minimizar perdas por estresse térmico, através da instalação de coberturas sintéticas e do plantio de eucaliptos ao redor das baias, promovendo sombreamento natural e conforto térmico para os animais confinados. A visita à propriedade Encontro da Natureza mostrou um trabalho interessante em relação ao enriquecimento e utilização de dejetos.

A cada quilômetro percorrido, o Confina Brasil revela as múltiplas faces da pecuária de corte intensiva nacional, evidenciando sua diversidade, capacidade de adaptação e foco em eficiência.

 

logo_sinap

METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda