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América Clima e Mercado percorre o Kansas e ouve produtores sobre a realidade das lavouras de soja e milho

Milho Kansas - Aprosoja MT

Nesta sexta-feira (15.08), a série América Clima e Mercado, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), percorreu o estado de Kansas, nos Estados Unidos da América (EUA). Em algumas regiões desse estado, as lavouras são conhecidas por ser de menor potencial produtivo, mas segundo os produtores locais, este é o melhor clima dos últimos três anos.

As lavouras de soja e milho no Kansas enfrentam desafios relacionados principalmente à variabilidade climática, marcada por períodos de seca prolongada e ondas de calor que afetam o desenvolvimento das plantas. O manejo dos solos, muitas vezes argilosos e com baixa infiltração de água, exige estratégias específicas para preservar a umidade e manter a fertilidade.

O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, destacou que o estado apresenta realidades distintas conforme a região. Ele explicou que na parte central do Kansas as temperaturas são mais altas, a umidade relativa do ar é baixa e a presença constante de ventos encurta o ciclo das lavouras, especialmente o milho, que já se aproxima da colheita. Ao se deslocar para o leste, em direção ao Missouri, o cenário muda, com temperaturas mais amenas e um clima mais favorável ao desenvolvimento das plantas.

“Começamos o dia pela região central do estado, onde vemos que o clima é totalmente diferente. Um clima mais quente, com umidades baixas e temperaturas mais elevadas e com bastante vento, fazendo com que as lavouras tenham seu ciclo mais curto, principalmente no milho, onde já estávamos vendo os produtores se preparando para colher. Quando descemos para a região leste, sentido Missouri, onde pega um pouco do Corn Belt americano, vemos lavouras mais estabilizadas, devido às temperaturas mais amenas e a um clima mais favorável. E, principalmente, vale destacar que, junto com o que os produtores nos relataram, esta é a melhor lavoura dos últimos três anos aqui para o estado do Kansas.”

O produtor Ray Flickner, proprietário da Fazenda Flickner, em Wichita, descreveu a posição estratégica, mas desafiadora, de sua propriedade, localizada entre áreas de boa pluviometria e regiões mais áridas. Ele relatou que as chuvas deste ano devem garantir bons resultados, apesar dos riscos ainda presentes na segunda safra.

“Estamos na região central do Kansas, entre áreas com boa pluviometria e áreas desérticas mais ao sudeste. Então, somos uma região de semiárido, dependendo do que a natureza nos dá em termos de temperatura e umidade, que são fatores decisivos para a produtividade. Este ano, com as boas chuvas, espero uma safra excepcional. Nesta área, algo entre 77 e até 100 sacas por hectare de soja. Para a segunda safra, ainda não sabemos, estamos um pouco atrasados e podemos ainda perder plantas para a geada, então estimo colher 20% a menos na área plantada sobre a palhada de trigo. Minha rotação inclui milho, depois planto trigo, e depois soja. Na área de milho faço um revolvimento mínimo na terra. No trigo faço plantio direto sobre a palhada do milho, e a seguir faço plantio direto da soja, sobre a palhada do trigo. Em alguns talhões, no outono, usamos outras culturas de cobertura, como centeio, nabo e rabanete, em ensaios para identificar o que proporciona mais retenção de água. É isso: soja após o milho, com alguma cultura de cobertura na rotação.”

O produtor Andy Larson, proprietário da Fazenda Larson, em Andolph, ressaltou que, apesar da pluviometria ligeiramente acima da média, o fator decisivo foi a boa distribuição das chuvas, que resultou em lavouras vigorosas. Ele também apontou como as diferenças de solo e clima entre as regiões do estado influenciam diretamente na produtividade.

“Aqui na área de milho do Kansas, esta lavoura vai bater entre 136 e 147 sacas por hectare. A pluviometria este ano ficou ligeiramente acima da média, choveu pouco, mas em vários intervalos bem distribuídos, o que resultou numa lavoura muito boa, verde. Estamos começando a cortar para silagem. Vamos terminar de colher em cerca de um mês. Estamos em uma área entre o centro-norte e o norte do Kansas. Para milho plantado em sequeiro, isto que vemos aqui é o esperado. Mais a leste no estado, os solos são diferentes, além de haver mais umidade, mais precipitação e menos ventos. Já por aqui, os ventos, a menor umidade e as temperaturas noturnas mais altas afetam a produtividade.”

A série América Clima e Mercado segue neste sábado (16.08) para o estado de Missouri, onde a equipe continuará o monitoramento das lavouras e as análises de produtividade.

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda