Os preços do açúcar recuaram novamente nesta terça-feira (8), pressionados por fatores climáticos e pelo aumento na oferta brasileira. Foi o segundo pregão consecutivo de queda nesta semana, após a retirada do risco de geada das previsões meteorológicas para o Brasil, maior produtor global da commodity.
Na ICE Futures, em Nova Iorque, o contrato outubro/25 caiu 0,15 cent (0,92%), encerrando a 16,13 cents por libra-peso. O março/26 recuou 0,18 cent (1,06%), cotado a 16,83 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,15 cent (0,90%), a 16,57 cents/lbp, enquanto o julho/26 foi negociado a 16,56 cents/lbp, com queda de 0,13 cent (0,78%).
Na Bolsa de Londres, os contratos do açúcar branco também tiveram perdas. O vencimento agosto/25 cedeu 90 pontos (0,19%), a US$ 475,80 por tonelada. O outubro/25 caiu 320 pontos (0,68%), para US$ 466,00. O dezembro/25 recuou 370 pontos (0,81%), a US$ 456,40, e o março/26 foi negociado a US$ 460,50, com baixa de 460 pontos (0,99%).
Além das condições climáticas mais favoráveis ao desenvolvimento da safra, os preços foram pressionados pela oferta crescente. Em junho, o Brasil exportou 3,36 milhões de toneladas de açúcar, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume representa um aumento de 5,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e foi o maior registrado desde novembro de 2023. O avanço dos embarques reflete o bom ritmo da colheita no Centro-Sul.
Outro fator de pressão sobre as cotações é a chegada antecipada da temporada de monções na Índia, que reforça a expectativa de uma safra robusta. O Departamento Meteorológico da Índia informou que as chuvas em junho ficaram 9% acima da média histórica e previu precipitações acima do normal também para julho. Esse cenário melhora as condições para o plantio e desenvolvimento da cana-de-açúcar no segundo maior produtor mundial.
O fortalecimento do dólar no mercado internacional também contribuiu para o viés de baixa nas commodities. O índice da moeda norte-americana (DXY) subiu 0,30% na terça-feira, influenciado pela alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.