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Deputados da FPA defendem agilidade no licenciamento e ajustes ambientais no novo marco portuário

Deputados da comissão especial que analisa o Projeto de Lei 733/25, que cria um novo marco regulatório do setor portuário no Brasil, reforçaram nesta quarta-feira (3), durante audiência pública, na Câmara dos Deputados, a importância do acordo trabalhista firmado entre governo, trabalhadores e operadores, mas também centraram o debate em entraves ambientais que afetam a competitividade do setor.

O deputado Coronel Meira (PL-PE) comemorou o consenso construído em torno de regras de certificação profissional e contratação de trabalhadores. “Quero parabenizar o entendimento entre o setor patronal e os trabalhadores, que são a verdadeira força do sistema portuário”, afirmou o parlamentar afirmando que “o acordo dará mais condições ao relator da proposta, deputado Arthur Maia (União-BA) e à comissão de concluir rapidamente o relatório”.

O coordenador da Comissão de Segurança no Campo da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Meira, também apresentou ao relator um documento com propostas do setor produtivo para atualizar e modernizar a legislação.

Entre os pontos defendidos pela bancada, o parlamentar cobrou celeridade do Ibama na análise das LPCOs (licenças e permissões necessárias para exportações e importações). Segundo ele, a demora compromete a previsibilidade logística e aumenta os custos. Meira sugeriu a fixação de um prazo máximo de 10 dias úteis para análise, em linha com a Lei nº 9.784/1999.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, respondeu que o órgão está reforçando seu quadro com a contratação de novos servidores especializados em áreas portuárias. Ele admitiu que há atrasos, mas destacou que, em geral, a espera não passa de dias. “Para cargas perecíveis, como peixe fresco, não dá para esperar. Precisamos de gente em campo para dar respostas imediatas”, afirmou

O deputado Tião Medeiros (PP-PR), coordenador da Comissão de Infraestrutura e Logística da bancada, levou a discussão para o campo da governança e dos conflitos de competência. Ele destacou que, dos 34 portos organizados no país, apenas 12 ainda estão integralmente sob responsabilidade do Ibama, e defendeu a ampliação da delegação para estados que já contam com estruturas robustas de licenciamento, como o Paraná. “Precisamos avançar em um modelo de licenciamento integrado em toda a área do porto organizado, evitando sobreposição de atribuições e altos custos desnecessários”, disse.

Tião também criticou exigências excessivas nos licenciamentos de dragagem, especialmente a proibição generalizada do overflow — a liberação da água misturada com sedimentos. Para ele, “a medida encarece as operações e compromete a competitividade internacional do agro e da mineração”. Agostinho respondeu que, “em alguns portos, o material retirado do fundo é inerte e pode ser aproveitado, mas em outros, como Santos, é altamente contaminante, exigindo cautela,” disse.

Menos burocracia

O relator do projeto, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), que também integra a bancada na Câmara, defendeu medidas para reduzir a burocracia. Ele sugeriu credenciar empresas privadas para auxiliar no licenciamento e anunciou a intenção de substituir o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) por um modelo simplificado, baseado no metro quadrado de arrendamento. “Isso deve reduzir disputas e judicializações, destravando investimentos”, disse.

Apesar de reconhecer avanços do texto, Agostinho alertou para riscos ambientais, como cargas perigosas e espécies invasoras transportadas pela água de lastro dos navios. Ele se posicionou contra a dispensa expressa de licença individualizada para terminais portuários e de cruzeiros. “Já há situações em que o licenciamento é dispensado, mas precisamos analisar caso a caso”, ponderou.

O novo marco portuário substitui a Lei nº 12.815/2013, moderniza a governança, atrai investimentos privados e garante competitividade para o comércio exterior. Mais de 97% das exportações brasileiras passam pelos portos, tornando sua eficiência central para o agronegócio. 

O presidente da comissão, deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB), anunciou visita técnica ao Porto de Santos entre 30 de setembro e 1º de outubro. “O interesse da comissão é desburocratizar e facilitar os investimentos no setor portuário, sem prejuízo à questão ambiental”, disse.

Pontos defendidos pela FPA no novo marco portuário

  • Governança: manter os Conselhos de Autoridade Portuária (CAPs) apenas como consultivos e equilibrar a representação entre operadores, embarcadores, trabalhadores e usuários.
  • Concorrência e Tarifas: prevenir concentração de mercado e assegurar modicidade tarifária, especialmente para exportadores do agro.
  • Dragagem e Autonomia Local: definir claramente papéis da União e das autoridades portuárias, estimulando parcerias público-privadas.
  • Integração Logística: criar metas para conexão porto–ferrovia–rodovia e incentivar corredores prioritários.
  • Procedimentos Ambientais: fixar prazo máximo de 10 dias úteis para análise de LPCOs pelo Ibama, garantindo previsibilidade logística sem abrir mão da segurança ambiental.
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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda