Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista subia ante o real nesta sexta-feira, um dia depois de atingir seu menor valor em mais de um ano e ainda a caminho de fechar a semana em queda, conforme os investidores monitoravam falas de autoridades no Brasil em sessão com mercados fechados nos Estados Unidos por feriado.
Às 9h42, o dólar à vista subia 0,36%, a R$5,4239 na venda. Na semana, a moeda acumula queda de 1,1%.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,12%, a R$5,454 na venda.
Nesta sessão, investidores pareciam estar realizando ajustes em suas posições em meio aos patamares relativamente baixos atingidos pela divisa norte-americana nos últimos dias. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,27%, a R$5,4047, na menor cotação desde 24 de junho de 2024.
Os movimentos da moeda brasileira ocorriam na esteira da baixa volatilidade do dólar no exterior devido ao fechamento dos mercados norte-americanos no feriado do Dia da Independência.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,01%, a 97,024.
Com poucos fatores para influenciar os negócios neste pregão, os investidores aguardavam comentários de autoridades brasileiras pela manhã.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de evento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Brics, pela manhã no Rio de Janeiro.
Mais tarde, o presidente ainda estará presente na cerimônia de retomada de grandes investimentos da Petrobras na Reduc, em Duque de Caxias, às 11h30.
No exterior, os mercados devem continuar monitorando as discussões comerciais dos EUA com seus parceiros, à medida que se aproxima o prazo de 9 de julho para que países fechem acordos comerciais a fim de evitar a imposição de tarifas mais altas.
Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Washington começará a enviar cartas aos parceiros nesta sexta especificando as taxas tarifárias que eles terão de pagar sobre as exportações, uma clara mudança em relação às promessas anteriores de fechar dezenas de acordos individuais.