SÃO PAULO (Reuters) – O sinal negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira, sem evolução nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e com o governo brasileiro preparando um plano de contingência para as tarifas norte-americanas que devem entrar em vigor na próxima semana.
Investidores também continuam monitorando eventuais desdobramentos envolvendo a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, citar “irregularidade isolada” de Bolsonaro em rede social e alertar sobre prisão em caso de reincidência.
Por volta de 10h45, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 1,12%, a 133.846,32 pontos. O volume financeiro somava R$2,49 bilhões.
Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de quase 1%, com o desempenho positivo em Wall Street apoiando um ajuste positivo no pregão brasileiro, após quedas recentes em meio à escalada da tensão entre EUA e Brasil e preocupações sobre as suas consequências político-econômicas.
Em Nova York, o S&P 500 avançava 0,17%, com investidores avaliando balanços corporativos e monitorando as negociações comerciais entre EUA e seus parceiros.
DESTAQUES
– BRADESCO PN cedia 1,57%, com o sinal negativo prevalecendo no setor. ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,27%, BANCO DO BRASIL ON caía 1,29% e SANTANDER BRASIL UNIT recuava 1,58%. Santander e Bradesco abrem a temporada de balanços dos bancos do Ibovespa na próxima semana.
– WEG ON recuava 1,5%, ampliando a perda após tombo de 8% na véspera na esteira da decepção com o balanço do segundo trimestre. A partir das 11h, executivos da WEG falam com analistas sobre o resultado. Investidores seguem preocupados com potenciais efeitos das tarifas comerciais dos EUA.
– VALE ON era negociada em baixa de 1,29%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,55%, a 811 iuanes (US$113,40) a tonelada.
– PETROBRAS PN perdia 0,66%, corrigindo parte do movimento mais positivo dos últimos três pregões, quando acumulou uma valorização de mais de 3%. No exterior, o barril do petróleo Brent, usado como referência pela estatal, avançava 0,64%, a US$68,95.
– MAGAZINE LUIZA ON caía 3,21%, devolvendo boa parte do “respiro” da véspera, quando fechou em alta de 4%. No mês, ainda perde mais de 20%. A fraqueza no dia tem como pano de fundo o avanço nas taxas dos contratos de DI, que minava outros papéis do setor, com o índice de consumo caía 1,52%.
(Por Paula Arend Laier)