Os preços do café trabalhavam com ganhos moderados nas bolsas internacionais na manhã desta terça-feira (09). O mercado segue volátil, monitorando e pressionado pelos fundamentos.
Segundo o analista de mercado da The Price Futures Group, Jack Scoville, o café robusta ainda está mais disponível para o mercado e o Brasil está segurando as ofertas para destinos mundiais. A falta de estoques para entrega em ambos os mercados têm apoiado as cotações futuras.
Boletim do Escritório Carvalhaes destaca que o padrão climático continua imprevisível no Brasil, com secas, chuvas irregulares e frentes frias que trouxeram neste inverno geadas e queda de granizo em cafezais das principais regiões produtoras. Além disso, os estoques estão em níveis historicamente baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores,
e segue a desorganização no comércio internacional de café com o tarifaço dos EUA.
De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, o mercado monitora as chuvas e floradas irregulares. “Existe previsão de chuvas apenas para a segunda quinzena do mês de setembro no Brasil. A estiagem segue castigando as principais regiões produtoras e, caso a estiagem persistir, os efeitos na próxima safra 26/27 já serão sentidos, e as floradas que já estão acontecendo poderão abortar”, completou o analista.
Perto das 9h10 (horário de Brasília), o arábica trabalhava com alta de 345 pontos no valor de 401,25 cents/lbp no vencimento de setembro/25, um ganho de 300 pontos no valor de 387,85 cents/lbp no de dezembro/25, e um avanço de 225 pontos negociado por 374,40 cents/lbp no de março/26.
O robusta registrava alta de US$ 178 no valor de US$ 4,646/tonelada no contrato de setembro/25, um ganho de US$ 9 cotado por US$ 4,439/tonelada no de novembro/25, e uma valorização de US$ 5 no valor de US$ 4,364/tonelada no de janeiro/26.