O mercado da soja voltou a se focar em seus fundamentos, inverteu o sinal e fechou o dia no vermelho mais uma vez. Há mais fatores de pressão do que de suporte agora, entre eles o clima favorável no Corn Belt e o bom desenvolvimento da safra 2025/26 dos EUA, bem como a demanda incerta pelos produtos norte-americanos. As baixas variaram de 2,50 a 4,50 pontos, levando o agosto a US$ 10,05 e o novembro a US$ 10,22 por bushel.
Ainda assim, o mercado monitora o possível encontro de Xi Jinping e Donald Trump nos próximos meses, bem como a reunião que deverá acontecer em Estocolmo na próxima semana entre o secretário do Tesouro Americano, Scott Bessent, com uma delegação americana.
No Brasil, porém, os preços da soja estão descolados de Chicago e seguem sustentados pelos prêmios. Com a demanda chinesa ainda concentrada por aqui, algumas regiões chegam até mesmo a testar – com tal suporte do prêmio, os quais testam até US$ 1,60 por bushel acima dos preços em Chicago – as máximas da temporada, como é o caso do interior do Mato Grosso.
O head de commodities da Granel Corretora, Gilberto Leal, afirmou que estas máximas sendo observadas no disponível seguem apresentando oportunidades de negócios para os produtores brasileiros, porém, exigindo estratégias de comercialização. Afinal, o custo de carregar a soja no país está elevado.
“O que é positivo para o Brasil é a manutenção da demanda, os prêmios podem confirmar essa elevação, nas máximas, e o mercado descolou de Chicago”, diz.
Acompanhe a íntegra da análise de Gilberto Leal, completa, no vídeo acima.