Após registrar quedas nas últimas duas sessões, os preços do açúcar encerraram esta quinta-feira (7) com leve recuperação nas bolsas de Nova York e Londres. O movimento foi puxado por uma pequena cobertura de posições vendidas e pela valorização do real frente ao dólar, o que desestimula as exportações brasileiras e oferece algum suporte às cotações externas da commodity.
Segundo dados do Barchart, os preços se estabilizaram com a consolidação das perdas recentes. A leve alta do real brasileiro, que atingiu o maior nível em quatro semanas frente ao dólar, reduziu o apetite dos exportadores nacionais, contribuindo para a alta marginal dos futuros do açúcar.
Na Bolsa de Nova York, o contrato outubro/25 manteve-se estável, encerrando o dia inalterado a 16,01 cents/lbp. Os demais vencimentos registraram pequenas altas de 0,02 cent (ou 0,12%): o março/26 fechou a 16,68 cents/lbp, o maio/26 a 16,43 cents/lbp e o julho/26 a 16,36 cents/lbp.
Em Londres, o desempenho também foi positivo, embora modesto. O contrato outubro/25 subiu US$ 0,40 (+0,09%), cotado a US$ 462,50 por tonelada. O dezembro/25 teve leve alta de US$ 0,20 (+0,04%), encerrando a US$ 456,40 por tonelada. Já o março/26 subiu US$ 1,30 (+0,28%) e foi negociado a US$ 461,30 por tonelada, enquanto o maio/26 avançou US$ 1,10 (+0,24%), a US$ 463,10 por tonelada.
Apesar do alívio pontual, o cenário fundamental segue pressionando os preços. Na última terça-feira, os contratos chegaram aos menores níveis em cinco semanas, refletindo o avanço da colheita e da produção no Brasil, maior exportador mundial. Além disso, há sinais de que a Índia poderá liberar exportações de açúcar na próxima temporada, a partir de outubro, diante das boas condições climáticas proporcionadas pelas chuvas de monções.
A possibilidade de uma safra robusta na Índia, segundo maior produtor mundial, somada à expectativa de aumento da produção na Tailândia, reforça o viés de baixa no médio prazo, diante da perspectiva de maior oferta global da commodity.