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Rede digital de pesquisa agropecuária pode levar tecnologia a pequeno produtor, aponta debate

Em audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) nesta quarta-feira, debatedores foram unânimes em apontar o fortalecimento das parcerias entre agricultores, pesquisadores e instituições de pesquisa como o caminho para melhorar a produtividade no campo. Esse foi o segundo debate promovido pelo colegiado para instruir o projeto de lei que prevê a criação de rede digital integrada de pesquisas agropecuárias (PL 6.417/2019). A proposta também tem objetivo de ampliar o acesso dos agricultores familiares a tecnologias e soluções produtivas. 

O projeto prevê a criação da rede a partir da reestruturação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Agropecuária (SNPA), que reúne entidades estaduais de pesquisa agropecuária, Embrapa, universidades e institutos de pesquisa de âmbito federal ou estadual, além de outras organizações públicas e privadas.

O presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), afirmou que a tecnologia e a inovação estão na base do desenvolvimento da agricultura brasileira, e a reorganização do setor, por meio de uma rede digital interativa com novo modelo de governança, dará condições para desenvolver ainda mais o setor produtivo e ajudar a reduzir o custo dos alimentos para a população. 

— Investir na agricultura familiar para que possamos produzir mais alimentos com menor preço para a população brasileira é de fundamental importância — disse. 

Técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Eustáquio Vieira Filho também apontou que o projeto de lei pode ajudar a democratizar o acesso dos pequenos produtores à tecnologia. 

— A plataforma que está sendo discutida tem que contribuir de forma a democratizar as informações para que o pequeno produtor seja inserido — defendeu. 

Diretor técnico adjunto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré apontou que os grandes agricultores são consumidores de tecnologia, mas que a realidade da agricultura familiar é diferente, e o acesso a soluções tecnológicas ainda é limitado. Ele acrescentou que os pequenos produtores ocupam 76% dos 5 milhões de estabelecimentos rurais do Brasil. Para Minaré, a rede integrada digital de pesquisas pode fortalecer o desenvolvimento de soluções específicas para os desafios do campo:

— Temos que ter essa transição na agricultura familiar — apontou. 

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Com relação ao modelo de gestão, o representante da CNA defendeu um modelo compartilhado e pediu que o governo, na regulamentação da lei, abra diálogo com todos os integrantes do SNPA, para encontrar a melhor forma de gerenciamento da rede.

Para o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, o desenho dessa rede de pesquisa deve garantir que haja espaço permanente para interlocução entre pesquisadores e sociedade. Ele reforçou a defesa de um modelo de governança horizontal. 

—  Nós não podemos, na era digital pós-pandêmica, querer buscar exemplos do passado, a não ser para uma reflexão. Não serve mais. Hoje, se não tiver uma rede plana de colaboração entre pesquisadores e instituições, não funciona — assinalou. 

Fomento

O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville, também manifestou apoio ao projeto, mas sugeriu uma discussão mais ampla sobre as funções do novo SNPA e sobre as fontes de fomento. 

— Nós precisamos estabelecer qual será a forma de fomento dessa rede. Na minha visão, na visão da Embrapa, um dos principais motivos de não termos um sucesso intenso (tivemos parcial) está na questão de recursos estabelecidos e não ter uma fonte específica. Assim, [os atores] acabam concorrendo por recursos, quando deveríamos estar desenhando em conjunto essa rede. Que nós pensemos em algo destinado à rede, e não a cada uma de suas instituições — avaliou.

Os autores da proposta são os senadores Styvenson Valentim (Podemos-RN), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Soraya Thronicke (PSL-MS).

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METODOLOGIA DE PREÇOS DO ALGODÃO – BBM/SINAP

PRODUTO:Algodão em pluma tipo 41, folha 4 – cor estritamente abaixo da média (strict low middling) – (antigo tipo 6, fibra 30/32 mm, sem característica).
UNIDADE DE MEDIDA:Libra-peso de pluma (0,453597 kg) divulgados em real por libra-peso.
ENTREGA:Preço do produto posto-indústria na mesorregião da cidade de São Paulo.
REGIÃO DE REFERÊNCIA:Negócios feitos nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão do Brasil.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.
BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:Média aritmética das informações coletadas.
PERIODICIDADE:Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.
HISTÓRICO:Desde janeiro de 2010.
ORIGEM DA INFORMAÇÃO:Corretoras de Mercadorias associadas a Bolsa Brasileira de Mercadorias através de pesquisas diárias de preços
(confira aqui os nomes das Corretoras).
IMPORTANTE:Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Metodologia cotações

COTAÇÕES AGRÍCOLAS BBM

METODOLOGIA DE PREÇOS AGRÍCOLAS DA BOLSA BRASILEIRA DE MERCADORIAS

REGIÃO DE REFERÊNCIA:

Negócios realizados nas principais regiões produtoras e consumidoras dos produtos no Brasil.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO:

A amostra diária é submetida a dois procedimentos estatísticos: média aritmética dos valores informados excluindo-se o desvio padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra em 10%) e análise do coeficiente de variação.

BASE DE PONDERAÇÃO DAS REGIÕES:

Média aritmética das informações coletadas.

PERIODICIDADE

Diária (somente em dias úteis). Os preços são coletados junto aos corretores de algodão, entre as 10:00 e 16:00 horas e divulgados, no mesmo dia, até às 17 horas.

HISTÓRICO:

Desde junho de 2018.

ORIGEM DA INFORMAÇÃO:

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

IMPORTANTE::

Valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico, para pronta entrega.

Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias

Corretoras Associadas/BBM, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais.

Lista dos participantes no fornecimento das cotações de preços agrícolas pela BBM

  •  Algotextil Consultores Associados Ltda
  •  Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA
  •  Cereais Pampeiro Ltda
  •  Cerrado Corretora de Merc. & Futuros Ltda
  •  Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas – Cocapec
  •  Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé
  •  Correpar Corretora de Merc. S/S Ltda
  •  Corretora Nacional de Mercadorias
  •  Costa Lima Corretora de Commodities Agrícolas Ltda
  •  Cottonbras Representação S.S. Ltda
  •  Cottonbrasil Corretores Associados Ltda.
  •  Depaula Corretora Ltda
  •  Expoente Correto. Merc. Imp. Export. Com. Represent. Ltda.
  •  Fibra Comercial e Corretora de Merc. Ltda
  •  Globo Corretora de Merc. Ltda
  •  Granos Comércio e Representações Ltda.
  •  Henrique Fracalanza
  •  Horus Algodão Consult. e Corretagens Ltda
  •  Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses – IBRAFE
  •  JC Agronegócios EIRELI
  •  Laferlins Ltda.
  •  Lefevre Corretora de Mercadorias Ltda
  •  Mafer Agronegócios Ltda
  •  Mercado – Mercantil Corretora de Merc. Ltda
  •  Metasul Corretora Ltda
  •  Orbi Corretora de Mercadorias Ltda.
  •  Pluma Empreendimento e Participações S/S LTDA
  •  Renato – Agronegócio e Licitações Ltda
  •  Renda Corretora de Agroneg. e Transp.s Ltda
  •  Risoy Corretora de Merc.
  •  Robert Daniel Corretora
  •  Rocha Corretora de Merc. Ltda
  •  Rural Assessoria e Commodities Agricolas Ltda
  •  Sandias Corretora de Commodities Ltda
  •  Santiago & Oliveira Com. e Ind. Ltda
  •  Santiago Cotton Ltda
  •  Souza Lima Corretora de Mercadorias Ltda
  •  T.T. Menka Corretora de Mercadorias S/C Ltda.
  •  Translabhoro Serviços Agrícolas Ltda
  •  Vitória Intermediação de Negócios Ltda