O mercado da soja acelerou o movimento de alta e sobe mais de 1% entre os principais contratos negociados na Bolsa de Chicago diante, segundo informa a Agrinvest Commodities, de rumores da China podendo voltar a demandar a oleaginosa dos EUA.
Como adiantou ao Notícias Agrícolas já nesta terça-feira (15 o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest, há informações que circulam no mercado de que a nação asiática estaria cotando valores de fretes marítimos para a janela outubro/novembro/dezembro. As informações parecem estar ganhando força e atuam como combustível para as cotações.
“Na semana passada, a soja americana havia recuado forte, diminuindo a diferença de preços entre Brasil, Argentina e EUA no CFR China. Esses rumores ganham força com o USDA anunciando hoje a venda de 120 mil toneladas de soja da safra nova para destinos não revelados. Seria a China? Do ponto de vista de competitividade já faria sentido”, informa a Agrinvest.
Além das relações China-EUA, a consultoria também pontua o acordo firmado dos Estados Unidos com a Indonésia como mais um fator de alta para as cotações. O acordo prevê, afinal, um aumento em 50% as compras de produtos agrícolas.
Os traders vinham precisando de novas notícias que pudessem redefinir a tendência do mercado em Chicago. Ao mesmo tempo, porém, há ainda uma pressão dos fundamentos e do cenário geopolítico, mas com momentos de recuperação, como os que estão sendo vistos hoje.
O dólar estável frente ao real no Brasil tem sido mais um fator de suporte para os preços. Do mesmo modo, altas de mais de 1,5% do farelo de soja em Chicago também contribuem. O agosto vale US$ 269,60 por tonelada curta.